domingo, 22 de março de 2015

Se for falar: SINTA.

Dias desses encontrei um conhecido na rua. Ele indo pra um lado e eu indo pro outro. A gente se cumprimentou em movimento:

- Oi! Tudo bem?
- Tudo, e você?

E seguimos cada um pro seu caminho. Eu tive a resposta da minha pergunta - dizer que ela foi sincera é outra história: a pessoa podia ter passado a noite em claro buscando solução pro seus problemas, mas ela não diria que estava tudo mal por um simples motivo. Ela não ia parar pra desabafar e imaginou que eu também não pararia pra escutar.
A pessoa foi embora sem saber se eu estava bem. Será que ela queria mesmo saber disso? Bom, eu até estava bem, mas podia ter me queixado desse tempo louco que não me deixa mais contemplar o nada. Sempre tenho algo a fazer. 

Mas ela passou, eu passei. No fim do dia talvez ela nem lembre que me viu e eu também tinha tudo pra esquecer desse encontro, se não fosse uma pergunta que tinha ficado martelando na cabeça.

O que a gente faz por educação, deveria fazer por sentir também.

Oferecer aquele pacote de biscoito pros amigos: não só por educação, mas pelo prazer de dividir prazer.
Dizer obrigado por um gesto feito: não só por educação, mas por sentir gratidão do fundo do peito. 

Afinal, nesse bonde apressado que não para (ou que a gente esquece de dar sinal pra descer e terminar o caminho a pé) e que a gente chama de rotina, nós sentimos as palavras que falamos?

Por bocas que pronunciem palavras com sentido e, principalmente, com SENTIR!

Ps:. se não sentir o que diz, PSIU! 




Um beijo e um queijo! 


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